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A glimpse...
The hustle and bustle in the Van Zellers & Co. winery, in São João da Pesqueira with the beginning (mid-September) of the harvest for Douro D.O.C. red wines - here, the arrival of the first grapes manually harvested for the iconic "CV" red 2023 - after a few days of climate instability, of intermittent rains in the middle of the harvest. These are the grapes from a unique and special vineyard, over 80 years old called "Vinha das Silvas" (a vine in a difficult to access location in the Torto river valley, a traditional 3 hectares vineyard with a diversity of more than 25 indigenous grape varieties at an average altitude of 250 meters and north, northwest and east exposures).
The grape reception, followed by manual selection before de-stemming - in this process there is a gentle crushing of the grape skins, before entering the "recent" traditional granite lagares, used for the second year. These are three traditional granite lagares with a capacity for 3000 to 4000kg. each. Afterwards, the traditional methods of making wine are assumed and adopted, with foot treading and natural fermentation with indigenous yeasts. The different grape varieties are co-fermented to obtain the balance that will determine the final profile of the vineyard and the wine, the field blend is kept in the lagares.
In a year in which the harvest started early, the white wines from the previous week, CV and VZ white Douro D.O.C. and Port white, at this stage, cloudy and crude, still in vinification process. This year Van Zellers own vineyards produced a greater quantity, in fact, as happened throughout the entire Douro wine region, and the quality is undoubtedly very good.
In the area adjacent to the winemaking room, there is the climate controlled wine cellar which houses the Port wine stocks, in stainless steel vats and containers of various dimensions, capacities and formats, different types and ages of wood vats and barrels.
Port wines from previous years, 2021 and 2022, both originate from the same vineyard, but they gave rise to very different profiles, especially the 2021 which has more structure and vivacity, still no defenitive decision yet regarding a future vintage Port. However it could constitute one of the components of the relaunch of the Crusted Port category, or rather, what will be the "Underwater Crusted Port", since the novelty will be... submerging the entire stock in the Atlantic Ocean (at a depth of 10 meters for 3 years, how it is happening for a year with a small part of the Van Zellers & Co. 2020 Vintage Port).
The world of Van Zellers Port wines unfolds, a wine cellar with a panoply of historic wines, where all the various moments of Port wine evolutuion are accompanied and the transformations that time imprints, on complete and ready-made wines, crafted by hand, with an indication of age or blended wines (10, 20, 30 and 40 years old), on component wines that constitute and give consistency to the final blends, and on the Port wine shaped by time, the "Colheita" or Single Harvest (2007, 1989, 1968, 1950 and 1934).
Some of the oldest wines are the result of Cristiano Van Zeller commited work over the last few years, searching and visiting small producers Port wine wine cellars throughout the Douro region, to reconstitute the house's valuable stocks.
The rare XIX century Port wine collection, constitute the maximum expression of Port wine, in accordance with the spirit of the recent classifications presented by the IVDP, they would be something like VVVO or very, very, very old Ports, from 1888, 1870 and 1860 that evoke stories and many memories, of poetry, family and freedom, certainly in the house's plans for future news on these extraordinary and unique wines. They display all the complexity, concentration and richness of tertiary aromas and deep flavors that result from very long ageing periods in wood, which words never fully translate, tremendously persistent and endless with acidy and sweetness in perfect balance, of which, curiously enough the 1860 fresher and finer.
The rare 1870 and 1888 Single Harvest Tawny Ports. |
An interesting curiosity about these Port wine stocks that have been wood aged for many years, is the pragmatic and rational solution adopted by CVZ, since these are wines that do not need more ageing time, with its evolutionary process completed, they are now kept in small stainless steel containers with a capacity of 600 liters, not completely full (two-thirds full), preserving and greatly reducing evaporation and making oxidation much slower and the consequent minimal need for interventions for adjustments and corrections.
PT
Trabalho de campo no Douro 2023: na Van Zellers & Co.
de relance...
A azáfama dos trabalhos na adega da Van Zellers & Co., em São João da Pesqueira, com o início da vindima, em meados de Setembro, para os vinhos tintos Douro D.O.C., neste caso o icónico CV tinto 2023, com a chegada das primeiras uvas colhidas manualmente, depois de uns dias de chuvas intermitentes em plena vindima. São uvas de uma vinha única e especial, uma vinha velha com mais de 80 anos de idade, a "Vinha das Silvas" (de difícil acesso no vale do rio Torto, uma vinha tradicional com cerca de 3 hectares e com uma diversidade de mais de 25 castas autóctones da região, a uma altitude média de 250 metros e exposições norte, noroeste e este).
A recepção das uvas, a que se segue a selecção manual antes do desengace - neste processo há um suave esmagamento das películas, antes da entrada nos "recentes" lagares de granito tradicionais, no segundo anos de utilização - são três lagares com uma capacidade para, entre 3000 e 4000kg. cada. Depois são assumidos os antigos métodos de vinificação, com a pisa a pé e fermentação natural com leveduras indígenas. As diferentes castas são co-fermentadas nos lagares para se conseguir o equlíbrio que vai determinar o perfil final do vinhos, o lote da terra que é mantido no lagar.
Num ano em que a vindima começou cedo, os vinhos brancos da semana anterior, CV e VZ Douro D.O.C. e Porto brancos, nesta fase turvos e crus, ainda em processo de vinificação. Este ano, as vinhas próprias produziram uma maior quantidade de uvas, aliás como aconteceu em toda a região vinhateira, a qualidade é indiscutívelmente muito boa.
Num espaço contíguo à área de vinificação, a adega climatizada com os stocks de vinhos do Porto da casa, cubas e contentores de inox de várias dimensões, formatos e capacidades, antigos tonéis e pipas de madeira.
Os vinhos do Porto dos anos anteriores, 2021 e 2022, ambos com origem na mesma vinha e neste momento com perfis muito diferentes, com destaque para o 2021, com mais estrutura e vivacidade, ainda sem decisão definitiva quanto a um possível futuro Porto vintage. Todavia, poderá constituir um dos componentes do relançamento da categoria Porto Crusted pela Van Zellers, ou melhor, daquilo que será o "Underwater Crusted Port", uma vez que a novidade vai ser... submergir a totalidade do stock no Oceano Atlântico, a cerca de 10 metros de profundidade e durante 3 anos (tal como sucede durante um ano, com uma pequena parte do Van Zellers 2020 Porto Vintage).
O mundo dos vinhos do Porto da casa, numa adega com uma panóplia de vinhos históricos, onde são acompanhados os vários momentos da evolução e as transformações que o tempo provoca nos vinhos do Porto, criados pela mão do homem, com indicação de idade ou de lote, completos e prontos (10, 20, 30 e 40 anos), nos vários componentes que constituem e dão consistência aos lotes, e nos vinhos do Porto Colheita ou single Harvest, moldados pelo tempo (2007, 1989, 1968, 1950 e 1934).
Alguns dos vinhos mais velhos são também o resultado do trabalho empenhado de Cristiano Van Zeller ao longo dos últimos anos, a percorrer armazéns de pequenos produtores um pouco por toda a região do Douro, para reconstituição dos stocks da casa.
A rara colecção de vinhos do Porto do século XIX da Van Zellers, que constituem a máxima expressão do vinho do Porto que, de acordo com o espiríto das mais recentes classificações propostas pelo IVDP, seriam algo como VVVO, isto é, very very very old, vinhos de 1888, 1870 e 1860, que evocam histórias e memórias, de poesia, família e liberdade, novidades futuras certamente nos planos da casa para estes vinhos únicos e extraordinários. Exibem toda a complexidade, concentração e riqueza dos aromas terciários e sabores profundos que resultam dos estágios muito longos em madeira, que as palavras nunca traduzem completamente, tremendamente persistentes e intermináveis, com acidez e doçura em perfeito equilíbrio, dos quais, curiosamente se destaca o 1860, mais fresco e fino.
Uma interessante curiosidade destes stocks de vinhos do Porto que foram envelhecidos muito anos, é a solução pragmática e racional adoptada por CVZ, uma vez que são vinhos em que o processo evolutivo em madeira está concluído, são agora conservado em pequenos contentores de inox de 600 litros de capacidade, não completamente cheios (dois terços aprox.), reduzindo muito a evaporação e tornando a oxidação muito mais lenta e a consequente necessidade de intervanções para ajustes e correcções é mínima.
©Hugo Sousa Machado
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