Edição Portuguesa do Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto, 576 págs (600 imagens e 3000 entradas/verbetes), Porto Editora, Porto, 2014 |
O primeiro dicionário do mundo sobre um único vinho
Foi bom ver que, apesar do dilúvio do final de tarde, na passada quarta-feira, a sala do auditório do IVDP estava cheia, para esta apresentação.
Nos 3 anos que decorreram entre a edição brasileira e a edição portuguesa, foi difícil encontrar uma editora em Portugal interessada na publicação desta obra. A "Porto Editora" assumiu agora este interesse, com o apoio do IVDP (entre outras entidades). A este propósito, Paulo Gonçalves, o representante da editora referiu, na apresentação oficial, que "não fazia sentido, um dicionário destes não estar disponível em Portugal, dada a qualidade do trabalho feito pelos autores".
Como sublinhou o Presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, este livro, que resultou da paixão dos autores por um produto muito especial, que é o vinho do Porto, foi um brinde invisível dos dois lados do Atlântico.
Com uma grande parte do trabalho de pesquisa, investigação e recolha de imagens, realizado com recurso à biblioteca e arquivo do IVDP, esta não é uma obra finita e estática, antes forçosamente incompleta e dinâmica, que se pode comprovar pela edição portuguesa, já mais completa com novas entradas.
É, sem dúvida, mais um excelente meio de promoção do vinho do Porto e neste caminho, aguarda-se agora uma edição inglesa ou em inglês, para os muitos interesses nos EUA, Reino Unido e Escandinávia, assim como uma edição francesa, porque o vinho do Porto é um vinho do mundo, é o vinho mais sério do mundo, é um embaixador líquido de Portugal e uma expressão da alma portuguesa, como nos inspirou Carlos Cabral, co-autor do livro.
Da intervenção de Manuel Pintão, regista-se: "acima de tudo, o vinho do Porto é um vinho que une as pessoas e isso é muito importante nos tempos que correm".
Algumas entradas exemplo duma leitura mais divertida do Dicionário:
Pág. 176, entrada "Convento da Serra do Pilar": "Localizado na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, de 1705 a 1735 os padres agostinianos deste mosteiro, consumiram 263 pipas de vinho. Não consta que o tenham comercializado".
Pág. 359, imagem "Nixon", ilustrativa do vinho do Porto "Nixon´s Tozé".
Pág. 420, entrada "Receita de Vinho do Porto": "As pessoas que solicitavam ao Instituto do Vinho do Porto a receita deste vinho recebiam a seguinte resposta: Colham-se do Câmbrico umas grossas talhadas de terreno, ondulem-se caprichosamente formando-se vales com encostas de áspero declive sulcados por cursos de água revolta; debruem-se por altas montanhas de protecção; cubram-se dum céu caracterizado por condições muito particulares de clima; cultive-se tal pedregoso à custa de esforços violentos, plantando a vinha na fraga esboroada a ferro ou mesmo a tiro; lute-se o ano todo no mais rude dos granjeios. Assim se obtém os Vinhos do Douro que depois de lotados entre si e deixados envelhecer constituem o Vinho do Porto.".
© HSM
Nos 3 anos que decorreram entre a edição brasileira e a edição portuguesa, foi difícil encontrar uma editora em Portugal interessada na publicação desta obra. A "Porto Editora" assumiu agora este interesse, com o apoio do IVDP (entre outras entidades). A este propósito, Paulo Gonçalves, o representante da editora referiu, na apresentação oficial, que "não fazia sentido, um dicionário destes não estar disponível em Portugal, dada a qualidade do trabalho feito pelos autores".
Como sublinhou o Presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, este livro, que resultou da paixão dos autores por um produto muito especial, que é o vinho do Porto, foi um brinde invisível dos dois lados do Atlântico.
Com uma grande parte do trabalho de pesquisa, investigação e recolha de imagens, realizado com recurso à biblioteca e arquivo do IVDP, esta não é uma obra finita e estática, antes forçosamente incompleta e dinâmica, que se pode comprovar pela edição portuguesa, já mais completa com novas entradas.
É, sem dúvida, mais um excelente meio de promoção do vinho do Porto e neste caminho, aguarda-se agora uma edição inglesa ou em inglês, para os muitos interesses nos EUA, Reino Unido e Escandinávia, assim como uma edição francesa, porque o vinho do Porto é um vinho do mundo, é o vinho mais sério do mundo, é um embaixador líquido de Portugal e uma expressão da alma portuguesa, como nos inspirou Carlos Cabral, co-autor do livro.
Da intervenção de Manuel Pintão, regista-se: "acima de tudo, o vinho do Porto é um vinho que une as pessoas e isso é muito importante nos tempos que correm".
Algumas entradas exemplo duma leitura mais divertida do Dicionário:
Pág. 176, entrada "Convento da Serra do Pilar": "Localizado na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, de 1705 a 1735 os padres agostinianos deste mosteiro, consumiram 263 pipas de vinho. Não consta que o tenham comercializado".
Pág. 359, imagem "Nixon", ilustrativa do vinho do Porto "Nixon´s Tozé".
Pág. 420, entrada "Receita de Vinho do Porto": "As pessoas que solicitavam ao Instituto do Vinho do Porto a receita deste vinho recebiam a seguinte resposta: Colham-se do Câmbrico umas grossas talhadas de terreno, ondulem-se caprichosamente formando-se vales com encostas de áspero declive sulcados por cursos de água revolta; debruem-se por altas montanhas de protecção; cubram-se dum céu caracterizado por condições muito particulares de clima; cultive-se tal pedregoso à custa de esforços violentos, plantando a vinha na fraga esboroada a ferro ou mesmo a tiro; lute-se o ano todo no mais rude dos granjeios. Assim se obtém os Vinhos do Douro que depois de lotados entre si e deixados envelhecer constituem o Vinho do Porto.".
© HSM