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Considering the less obvious Port wines, very unfairly unknown, little or not at all considered by consumers and even by expert wine critics, and often difficult to find, and certainly the most unusual Port wine special category, but at the same time high quality special wines, which offer a lot for very reasonable prices.
Crusted Port or "crusting Port" is a Port wine special category, truly a wine for a Port connoisseur, in the words of John Graham. These are Port wines full of character, very interesting and of great quality, and with some curiosities...
"Crusted" is a rare Port wine category, residual, when quantities produced are considered, that like other wines of the ruby Port family, such as Vintage Port and Late Bottled Vintage, age in bottle. They represent a style of wines with a great character of their own and, unlike Vintage and LBV Ports, do not come from a single harvest or vintage. Traditionally, they are made from a blend of young superior quality wines from 2 or 3 single harvests, as a rule successive years, combining its best characteristics. Always bottled without any filtration, and part of its ageing takes place in bottle, which will contribute to its identity, since over the years it will form a natural deposit or sediment that accumulates on the inner walls of the bottle, i.e., it will form a "crust", hence the name "crusted". It´s an English style Port wine, with lots of color, lots of young fruit, tannins and full-bodied.
Another peculiarity are the two phases for its control and approval by the IVDP (the Douro and Port Wine Institute, the entity that controls the quantity and quality of the Port wine produced, aswell as guaranteeing its origin), at first, before bottling, when the quality similar to a Vintage Port is evaluated and, later, after at least three years in bottle, for final approval before being marketed and when the existence of " a deposit adhering to the walls of the bottle" is verified.
The date on the bottle label refers to the bottling date. It can also appear with the complementary mentions "bottle matured", "bottle aged" or "aged in bottle".
Currently, in the Port wine producing houses universe, very few are dedicated to this style of Port (Buttler Nephew & Co., Churchill's, Dow's, Fonseca Guimaraens, Graham's and more recently Quevedo), despite having been much more common and popular in the past, especially in the british market, its market par excellence, where it is a speciality, and which determined its historical origin at a time when vintage port was exported in casks and bottled at its destination by importing firms. Over the years, it has given way to the successive generalization and diversity of the LBV Port wines that, although being part of the same family, represent different styles.
The Quevedo Porto Crusted. Apparently, Quevedo is the first portuguese Port wine house to produce a Crusted Port. This is the second edition and was bottled in 2016, after the first Crusted bottled in 2012. It was made from a blend that combines two young wines of vintage quality, from 2013 (50%) and 2014 (50%) harvest years. These components spent two years in stainless steel vats and after being blended and before bottling, the wine underwent a period of 18 months in a large wood vat, for oxygenation and a little evolution that also promotes sediment formation and will allow it to be appreciated earlier than a vintage Port. It was bottled unfiltered like all wines of this style, in 2016 (6.120 bottles were filled) and kept for three years in bottle in the house's winecellars, before being commercially released. These wines always represent very small productions.
Tasting
Before serving and tasting it, the bottle must be kept upright for a few hours, to allow gravity to act and the sediment to settle and acummulate at the bottom of the bottle. Ideally, the wine should be decanted before serving or, if lazyness wins (here was not the case, to show an image of the sediment described earlier), it doesn't have to be much more complicated than serving it with slow movements so as not to agitate the sediment.
The wine has a very dark an intense ruby color. It has a pronounced aroma, full of immediate perceptible aromatic suggestions of black and red fruits, blackberries, raspberries and cherries, some floral notes and more discreet spicy nuances. Without sweetness excesses, medium-dry, full-bodied and balanced, with a good acidity, the tannins are felt but are softened by the ageing period that has already elapsed, tasty with some creaminess in the mouth, and maintaining the predominant black fruit profile, ripe blackberries and plums, some peppery. With prolonged aftertaste. It is great to drink it now but is has the potential to evolve in bottle over the years and gain complexity.
With intensity and quality, with the good character of this style of Port wine. In short, a safe value that is essential to get to know...
The ideal serving and tasting temperature will be aroud 15ºC (slightly below cellar temperature), so it should be cooled for a while before serving, however if it gets to cool, it shouldn't be a concern, it will quickly reach the ideal temperature in the glass.
Once opened, ideally, it should be drunk within 5 days, which will not be difficult, by the way. Of course, after this period, the wine will not spoil overnight, however this way you will get the most of the wine and not run the risk of loosing the aroma and flavor freshness.
Finally, it's a wine that can be perfectly kept in cellar for 10 and more years, stored horizontally.
This wine was kindly provided by Portugal Vineyards (website)
© Hugo Sousa Machado
Porto Crusted e Quevedo Porto Crusted
No capítulo dos vinhos do Porto menos óbvios, muito injustamente desconhecidos e pouco ou simplesmente nada considerados pelos consumidores e mesmo pelos críticos da especialidade, muitas vezes difíceis de encontrar, certamente a categoria mais invulgar de vinho do Porto, mas também dos vinhos especiais de grande qualidade, que oferecem muito por preços muito razoáveis.
O Porto Crusted ou "crusting Port" é uma categoria especial de vinho do Porto, verdadeiramente um vinho para um connoisseur de Porto, nas palavras de John Graham. São vinhos cheios de caractér, muito interessantes, de qualidade superior e com algumas curiosidades...
O vinho do Porto Crusted é uma categoria rara, residual se considerarmos as quantidades produzidas. Tal como os outros vinhos do Porto da família ruby, como o Late Bottled Vintage e o Porto Vintage, envelhecem em garrafa, mas que ao contrário destes, não têm origem numa única colheita ou vindima. Tradicionalmente são elaborados a partir de uma lotação de vinhos jovens de qualidade superior de 2 ou 3 colheitas que, por norma, são sucessivas, combinando as melhores características desses anos. São engarrafados sem qualquer filtragem e parte do seu estágio decorre em garrafa, o que constituí parte da sua identidade, uma vez que, com o passar dos anos vai formar um depósito natural ou sedimento que se acumula nas paredes da garrafa, i.e., forma-se uma "crosta", daí ter adoptado a designação "crusted". É um vinho do Porto à inglesa, com muita côr e muita fruta jovem, taninos e encorpado.
Outra peculiaridade são os dois momentos de controlo e aprovação pelo IVDP (a entidade que controla a quantidade e qualidade do vinho do Porto produzido, para além de garantir a sua origem), num primeiro momento, antes do engarrafamento, onde é avaliada a qualidade próxima de um vintage e, posteriormente, passado um período mínimo de três anos de estágio em garrafa, para a avaliação final antes de chegar ao mercado, onde é confirmada a existência de "um depósito aderente às paredes da garrafa".
A data que surge no rótulo é a data do engarrafamento. Pode também surgir com a menção complementar "bottle aged", "bottle matured" ou "envelhecido em garrafa".
Actualmente, no universo das casas produtoras de vinho do Porto, são muito poucas as que se dedicam a este estilo (Buttler Nephew & Co., Churchill's, Dow's, Fonseca Guimaraens, Graham's, Niepoort e mais recentemente a Quevedo), apesar de já ter sido bastante mais comum e popular no passado, sobretudo no mercado britânico, o seu mercado por excelência, onde é uma especialidade, e que esteve na sua origem histórica numa época em que o vinho do Porto era exportado em pipa e engarrafado no destino pela firma importadora. Com o passar dos anos tornou-se menos comum e foi cedendo à generalização e diversidade, principalmente, do vinho do Porto LBV, embora representem estilos diferentes.
O Quevedo Porto Crusted. Ao que parece a Quevedo é a primeira casa portuguesa a produzir um vinho do Porto Crusted. Este é a segunda edição e foi engarrafado em 2016 depois do primeiro Crusted engarrafado em 2012. Foi elaborado a partir de um lote que combina as características de dois vinhos jovens diferentes de anos sucessivos e de qualidade vintage, das colheitas de 2013 (50%) e 2014 (50%). Estes componentes passaram dois anos em cubas de inox e, depois de lotados e antes do engarrafamento, o vinho passou 18 meses em tonel de madeira, para alguma oxigenação e um pouco de evolução, que vai também promover a criação de sedimento e permitir ser apreciado mais cedo do que um Porto Vintage. Foi engarrafado sem filtragem (6.120 garrafas) e mantido em garrafa nas caves da casa, durante três anos, antes de saír para o mercado. São sempre produções muito pequenas.
A prova
Antes de servir, a garrafa deve ser mantida na vertical por umas horas, para deixar a gravidade actuar e o sedimento acumular-se no fundo da garrafa. Idealmente deve ser decantado antes de servir ou, se a preguiça vencer, (aqui não foi o caso para mostrar uma imagem do sedimento que referimos atrás) não deverá ser muito mais complicado do que servir com movimentos lentos para não agitar o depósito.
Com uma côr rubi muito escura e intensa. Tem um aroma pronunciado, cheio de sugestões aromáticas imediatas de fruta negra e vermelha, amoras, framboesas e cerejas, notas florais e nuances especiadas mais discretas. Um vinho sem excessos de doçúra, meio-seco, encorpado, com boa acidez e fresco, sentem-se os taninos suavizados pelo tempo de estágio, saboroso, com alguma cremosidade na boca, mantendo o perfil predominante de notas de fruta preta madura, amoras e ameixa preta, algum apimentado. Com um final que se prolonga na boca. Bebe-se muito bem desde já mas com capacidade para evoluír em garrafa e ganhar complexidade com o tempo.
Um vinho com boa intensidade e qualidade, com o caractér próprio deste estilo de vinho do Porto, um valor seguro que é obrigatório conhecer...
Deve ser servido a uma temperatura ideal de aproximadamente 15ºC, por isso, deve ser refrescado no frigorifico antes de servir, no entanto, se a temperatura do vinho estiver demasiado baixa, rapidamente no copo atingirá a temperatura ideal.
Depois de aberto, idealmente, deverá ser consumido no prazo de 5 dias, o que não será difícil, diga-se. Evidentemente que o vinho não fica estragado de um dia para o outro, no entanto, não se correm riscos de perder a frescura de aromas e sabores.
É um vinho que pode ser guardado em garrafeira, por 10 anos ou mais, com a garrafa deitada.
Este vinho foi gentilmente enviado pela Portugal Vineyards (website)
© Hugo Sousa Machado