A focus on fortified wines, the attention they deserve
with permission The b.f.t. |
Alex Bridgeman |
PtoPwine: Personally what is your relationship or feeling about fortified wines and Portuguese fortified wines in particular?
AB: When I was 21, my grandparents opened a bottle of Taylor's 1963 vintage Port (I was born in 1963). When I said I liked it, my grandfather was very disappointed. He explained he had hoped I would not like vintage Port because then he would be able to keep the other 12 bottles of Taylor's 1963 for himself. He was very sad when he gave me the rest of my 21st birthday present from my grandparents, but very happy over the next few years when he shared one with me from time to time to celebrate birthdays. My last bottle from the case was opened to celebrate my 50th birthday and the memory of my wonderful grandparents. I have always had a love of fortified wines, especially of Port and wines made in a similar way, such as Cape vintage from South Africa, and was deeply honoured a few years ago to be elected as a Cavaleiro da Confraria do Vinho do Porto. I am also a frequent contributor to the website theportforum.com, where there is a database of around 5.000 tasting notes on Port of all types.
PtoPwine: Why the need of an exclusive fortified wine tasting?
AB: Fortified wines are - quite wrongly - overlooked by so many people. They are amazing examples of the skill of the winemaker and because they are often made as almost as a hobby, they frequently represent amazing value for money. At a normal wine fair, such as the London Wine Fair, 99% of the wines shown are table wines. Anyone looking for a fortified as to search through the entire show to find perhaps 10-15 examples. At a wine show dedicated to fortified wines people who attend are looking specifically for this style of wine and know that everything on show is in this category. At the same time the producers who are showing their wines, know that the people attending are people buying, selling, serving or writing specifically about fortified wines. I learned so much at the show about styles of fortified wine which I've not drunk often before - chilled sherry from the fridge during the hot summer or white Port and tonic over ice have been delightful drinks this year.
PtoPwine: How do you see the evolution of The b.f.t. since its first edition? Is there a growing interest in fortified wines?
AB: The first b.f.t. was organized by Danny Cameron and had 12 exhibitors and aroud 100 visitors. The first show was a great success and generated a lot of interest among buyers and producers and the second year was much bigger. After a few years the show grew to the point where it needed to move to a larger venue and relocated to Church House in Westminster. Interest in fortified wines is growing, but these are definitely not mainstream wines - even though they should be. There are more Sherry bars and tapas bars serving Sherry in London than 10 years ago and Port bars or restaurants specialising in Port are starting to open. I hope that by making it easier for bars and restaurants owners to meet the producers we are doing our small part to help the growth of the consumer's interest in fortified wines.
PtoPwine: What are the perspectives for The b.f.t. 2019 edition?
AB: In 2016 the show was organized by Ben Campbell-Johhston. Sadly, he died in late 2016 and the show did not run in 2017. I felt very strongly that fortified wines should continue to have their own show where trade consumers and buyers can learn more about these very special wines and, hopefully, to continue Ben's wonderful legacy. The show is relative small, with around 40 producers showing 200 wines to about 400 visitors. The size is perfect as it allows the show to be relatively intimate and for producers and visitors to spend a good amount of time with each other. We are working hard in 2019 to increase the number of independent wine merchants and on trade operators who visit the show and are looking at the possibility of including a mixologist who can show visitors the versality of these wines in cocktails, but we don't plan to increase the size of the show too far.
4 perguntas a Alex Bridgeman, o responsável pelo The b.f.t.
A atenção que os vinhos fortificados merecem
A menos de 2 meses da próxima edição do The b.f.t., a 9.ª, que este ano se realizará a 16 de Abril, na Church House Conference Centre, Westminster, em Londres, como em anos anteriores, publicamos a entrevista que Alex Bridgeman nos concedeu. Alex Bridgeman é, actualmente e desde a última edição, o responsável e a face de toda a organização deste acontecimento.
PtoPwine: Pessoalmente qual é a sua relação e opinião sobre os vinhos fortificados em geral e os portugueses em particular?
AB: Quando eu tinha 21 anos, os meus avós abriram uma garrafa de vintage Taylor's 1963 (nasci em 1963). Quando eu disse que tinha gostado, o meu avô ficou muito desapontado e explicou-me que esperava que eu não gostasse do vinho do Porto para ficar com as restantes 12 garrafas de Taylor's vintage 1963 para si. Ficou muito triste quando me ofereceu o resto do meu presente de 21 anos de aniversário, mas ficou muito feliz nos anos seguintes, quando compartilhava comigo uma garrafa deste vintage, de vez em quando, para celebrar aniversários. A minha última garrafa deste conjunto foi aberta para celebrar o meu aniversário de 50 anos e a memória dos meus maravilhosos avós. Sempre gostei muito de vinhos fortificados, especialmente de vinho do Porto e de vinhos similares, como o Cape vintage, da África do Sul e fiquei profundamente honrado quando, há alguns anos atrás, fui eleito Cavaleiro da Confraria do Vinho do Porto. Também sou um colaborador frequente do site theportforum.com, onde existe um banco de dados com cerca de 5.000 notas de prova de todos os tipos de vinho do Porto.
PtoPwine: Porquê a necessidade de uma apresentação exlusiva de vinhos fortificados?
AB: Os vinhos fortificados são - muito injustamente - a maioria das vezes, esquecidos. Mas são vinhos que são exemplos surpreendentes da perícia do produtor e porque são frequentemente produzidos quase como um passatempo, para além de frequentemente terem uma boa relação qualidade preço. No geral das apresentações dedicadas ao vinho, como a London Wine Fair, 99% dos vinhos são vinhos de mesa. Quem procura um determinado vinho fortificado tem de procurar por todo o evento para encontrar talvez 10 ou 15 exemplos. Numa mostra de vinhos dedicada a vinhos fortificados, as pessoas vão especificamente por este tipo de vinho e sabem que todos os vinhos apresentados são deste estilo. As mesmo tempo, os produtores que apresentam os seus vinhos, sabem que as pessoas presentes são pessoas que compram, vendem, servem ou escrevem especificamente sobre vinhos fortificados. Tenho aprendido muito neste evento sobre estilos de vinhos fortificados que não tinha bebido muitas vezes - sherry fresco no frigorífico durante o Verão ou Porto branco e água tónica com gelo, têm sido bebidas deliciosas.
PtoPwine: Como vê a evolução do The b.f.t. desde a sua primeira edição? Existe um interesse crescente nos vinhos fortificados?
AB: O primeiro b.f.t. foi organizado por Danny Cameron e teve 12 expositores e cerca de 100 visitantes. A primeira edição foi um grande sucesso e gerou muito interesse entre compradores e vendedores e o segundo ano foi muito maior. Depois de alguns anos, o evento cresceu até ao ponto em que era preciso mudar para um local maior, a Church House em Westminster. O interesse em vinhos fortificados está a aumentar mas definitivamente não são vinhos convencionais - embora devessem ser! Há mais bares de xerez e bares de tapas que servem xerez em Londres do que há 10 anos atrás e estão a começar a aparecer bares e restaurantes especializados em vinhos do Porto. Esperamos que, ao tornar mais fácil aos proprietários de bares e restaurantes o conhecimento de produtores, estejamos a fazer a nossa pequena contribuição para ajudar ao crescimento do interesse do consumidor nos vinhos fortificados.
PtoPwine: Quais as perspectivas para a edição de 2019?
AB: Em 2016 o evento foi organizado por Ben Campbell-Johnston que, infelizmente faleceu no final desse ano e o b.f.t. acabou por não se realizar em 2017. Tenho a forte convicção que os vinhos fortificados devem continuar a ter o seu próprio espaço, onde consumidores e compradores podem aprender mais sobre estes vinhos especiais e, com sorte, poder continuar com este legado do Ben. O evento é relativamente pequeno, com aproximadamente 40 produtores que apresentam cerca de 200 vinhos para cerca de 400 visitantes. Este tamanho é perfeito, pois permite que o programa seja relativamente intimista e que produtores e visitantes passem bastante tempo juntos. Estamos a trabalhar intensamente para em 2019 aumentar o número de comerciantes de vinhos independentes e os operadores de comércio que visitam o evento estão a considerar a possibilidade de incluir um mixologista que possa mostrar aos visitantes a versatilidade destes vinhos em cocktails, mas não estamos a planear aumentar muito mais o tamanho do evento.
Os nossos agradecimentos a Alex Bridgeman e o maior sucesso para o The b.f.t..
©Hugo Sousa Machado
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PtoPwine: Why the need of an exclusive fortified wine tasting?
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with permission The b.f.t. |
4 perguntas a Alex Bridgeman, o responsável pelo The b.f.t.
A atenção que os vinhos fortificados merecem
A menos de 2 meses da próxima edição do The b.f.t., a 9.ª, que este ano se realizará a 16 de Abril, na Church House Conference Centre, Westminster, em Londres, como em anos anteriores, publicamos a entrevista que Alex Bridgeman nos concedeu. Alex Bridgeman é, actualmente e desde a última edição, o responsável e a face de toda a organização deste acontecimento.
PtoPwine: Pessoalmente qual é a sua relação e opinião sobre os vinhos fortificados em geral e os portugueses em particular?
AB: Quando eu tinha 21 anos, os meus avós abriram uma garrafa de vintage Taylor's 1963 (nasci em 1963). Quando eu disse que tinha gostado, o meu avô ficou muito desapontado e explicou-me que esperava que eu não gostasse do vinho do Porto para ficar com as restantes 12 garrafas de Taylor's vintage 1963 para si. Ficou muito triste quando me ofereceu o resto do meu presente de 21 anos de aniversário, mas ficou muito feliz nos anos seguintes, quando compartilhava comigo uma garrafa deste vintage, de vez em quando, para celebrar aniversários. A minha última garrafa deste conjunto foi aberta para celebrar o meu aniversário de 50 anos e a memória dos meus maravilhosos avós. Sempre gostei muito de vinhos fortificados, especialmente de vinho do Porto e de vinhos similares, como o Cape vintage, da África do Sul e fiquei profundamente honrado quando, há alguns anos atrás, fui eleito Cavaleiro da Confraria do Vinho do Porto. Também sou um colaborador frequente do site theportforum.com, onde existe um banco de dados com cerca de 5.000 notas de prova de todos os tipos de vinho do Porto.
PtoPwine: Porquê a necessidade de uma apresentação exlusiva de vinhos fortificados?
AB: Os vinhos fortificados são - muito injustamente - a maioria das vezes, esquecidos. Mas são vinhos que são exemplos surpreendentes da perícia do produtor e porque são frequentemente produzidos quase como um passatempo, para além de frequentemente terem uma boa relação qualidade preço. No geral das apresentações dedicadas ao vinho, como a London Wine Fair, 99% dos vinhos são vinhos de mesa. Quem procura um determinado vinho fortificado tem de procurar por todo o evento para encontrar talvez 10 ou 15 exemplos. Numa mostra de vinhos dedicada a vinhos fortificados, as pessoas vão especificamente por este tipo de vinho e sabem que todos os vinhos apresentados são deste estilo. As mesmo tempo, os produtores que apresentam os seus vinhos, sabem que as pessoas presentes são pessoas que compram, vendem, servem ou escrevem especificamente sobre vinhos fortificados. Tenho aprendido muito neste evento sobre estilos de vinhos fortificados que não tinha bebido muitas vezes - sherry fresco no frigorífico durante o Verão ou Porto branco e água tónica com gelo, têm sido bebidas deliciosas.
PtoPwine: Como vê a evolução do The b.f.t. desde a sua primeira edição? Existe um interesse crescente nos vinhos fortificados?
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PtoPwine: Quais as perspectivas para a edição de 2019?
AB: Em 2016 o evento foi organizado por Ben Campbell-Johnston que, infelizmente faleceu no final desse ano e o b.f.t. acabou por não se realizar em 2017. Tenho a forte convicção que os vinhos fortificados devem continuar a ter o seu próprio espaço, onde consumidores e compradores podem aprender mais sobre estes vinhos especiais e, com sorte, poder continuar com este legado do Ben. O evento é relativamente pequeno, com aproximadamente 40 produtores que apresentam cerca de 200 vinhos para cerca de 400 visitantes. Este tamanho é perfeito, pois permite que o programa seja relativamente intimista e que produtores e visitantes passem bastante tempo juntos. Estamos a trabalhar intensamente para em 2019 aumentar o número de comerciantes de vinhos independentes e os operadores de comércio que visitam o evento estão a considerar a possibilidade de incluir um mixologista que possa mostrar aos visitantes a versatilidade destes vinhos em cocktails, mas não estamos a planear aumentar muito mais o tamanho do evento.
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©Hugo Sousa Machado
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