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quinta-feira, 20 de abril de 2017

The 2014 Vintage Port


    The subtitle of this publication could be "The news of the 2014 vintage Port or the positive side of the year 2014"...
     In fact, if the 2014 harvest reports reveal a less good, atypical and difficult year (see: the 2014 harvest report), how to explain that some producers have declared and produced vintage Port this year?
     Precisely because the Douro always escapes any general analisys attempt. One of the main characteristics of this region, sub regions and the wines produced here is the great variety of specificities that are determinant and quality conditioners of the wines, such as the location of the vineyard, the different altitudes and solar exposition of the land, the varied orography of the the river banks, the soil composition, the microclimates themselves, the characteristics and the the behaviour of the vineyards, the different vineyard parcels and the grape varieties planted and also the experience and knowledge of the wine maker and the decision on the moment of the harvest.

    With such a diversity, we can understand better that, even in apparently less good years, there are exceptions, there are producers who haven't felt or didn't suffer so much the effects of the climate instability and still manage to produce a wine with the high quality of a vintage Port.

     It was a year of non-classical vintages, that is to say a year of "Vintages de Quinta" or "Single Quinta Vintage Port" (SQVP), characterized by the lack of unanimity between the producers and the few Port vintages produced. There were important houses that did not produced vintage Port this year, such as Taylor's, Fonseca and Croft, the Sogevinus group (Kopke, Burmester, Calém and Barros), also there was no "Dow's Quinta Senhora da Ribeira" or "Quinta do Vesúvio" vintage, Niepoort and Andresen also passed this year, and to this date there are no news of a vintage Port from the Sogrape, another of the main groups of the sector (which represents the Port brands, Ferreira, Sandeman and Offley).

     The list of the (40) vintage Ports declared in 2014 is as follows:

  • Alumni UTAD Vintage Porto 2014 (UTAD, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e João Brito e Cunha)
  • António Boal Vintage Port 2014 (Costa Boal Family Estates, Lda.)
  • Augustu's Porto Vintage 2014 (Quinta dos Corvos)
  • Barão de Vilar 2014 Vintage Port (Barão de Vilar, Vinhos, S.A.)
  • Bulas Port Vintage 2014 (Bulas Family Estates, Lda.)
  • Cadão Porto Vintage 2014 (Mateus & Sequeira Vinhos, S.A.)
  • Cockburn's Quinta dos Canais 2014 Vintage Port (Symington Family Estates, Vinhos, Lda)
  • Costa Boal Vintage Port 2014 (Costa Boal Family Estates, Lda.)
  • Churchill's Vintage Port 2014 (Churchill Graham, Lda.)
  • Cruz Porto Vintage 2014 (Gran Cruz Porto, Sociedade Comercial de Vinhos, Lda.)
  • Dalva 2014 Vintage Port (C. da Silva Vinhos, S.A.)
  • Dow's 2014 Quinta do Bonfim Vintage Port (Symington Family Estates, Vinhos, Lda.)
  • Eirados Porto Vintage 2014 (Sociedade Vitivinícola da Quinta da Santa Eufêmia, Lda.)
  • Graham's Quinta dos Malvedos 2014 Vintage Port (Symington Family Estates, Vinhos, Lda.)
  • Klassen Vintage Port 2014 (Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, S.A.)
  • Pintas Porto Vintage 2014 (Wine & Soul, Lda.)
  • Quevedo Vintage Port 2014 (Vinhos Óscar Quevedo, Lda.)
  • Quinta de la Rosa Vintage 2014 (Quinta da Rosa, Vinhos, S.A.)
  • Quinta das Lamelas Vintage 2014 Porto (José António da Fonseca Augusto Guedes, Lda.)
  • Quinta das Tecedeiras 2014 Vintage Port (Quinta das Tecedeiras, Sociedade Vitivinícola, Unip., Lda.)
  • Quinta de Ventozelo Porto Vintage 2014 (Gran Cruz Porto, Sociedade Comercial de Vinhos, Lda.)
  • Quinta do Crasto Vintage 2014 Port (Quinta do Crasto, S.A.)
  • Quinta do Infantado Porto Vintage 2014 (Quinta do Infantado-Vinhos do Produtor, Lda.)
  • Quinta do Javali Vintage Port 2014 (Sociedade Agrícola Quinta do Javali, Lda.)
  • Quinta do Noval 2014 Vintage Port (Quinta do Noval Vinhos, S.A.)
  • Quinta do Passadouro Porto Vintage 2014 (Quinta do Passadouro, Sociedade Agrícola, Lda.)
  • Quinta do Pessegueiro Porto Vintage 2014 (Quinta do Pessegueiro, Sociedade e Comercial, Lda.)
  • Quinta do Vale Meão Vintage Port 2014 (F. Olazabal & Filhos, Lda.)
  • Quinta dos Corvos Vintage 2014 Porto (Quinta dos Corvos)
  • Quinta dos Muros Vintage Port 2014 (Sociedade Quinta do Portal, S.A.)
  • Quinta Santa Eufémia Vintage Port 2014 (Sociedade Vitivinícola Quinta Santa Eufémia, Lda.)
  • Quinta Seara D'Ordens Porto Vintage 2014 (Sociedade Agrícola Quinta Seara D'Ordens, Lda.)
  • Quinta Vale D. Maria 2014 Vintage Port (Lemos & Van Zeller, Lda.)
  • Ramos Pinto Quinta do Bom Retiro 2014 Vintage Port (Adriano Ramos Pinto, Vinhos, S.A.)
  • Rozès Vintage 2014 Porto (Rozès, S.A.)
  • S.J Vintage Port Single Quinta 2014 (Quinta de São José, João Brito e Cunha, Lda.)
  • Vallado Adelaide 2014 Vintage Port (Quinta do Vallado, Sociedade Agrícola, Lda.)
  • Vista Alegre Porto Vintage 2014 (Vallegre, Vinhos do Porto, S.A.)
  • VZ 2014 Vintage Port (Lemos & Van Zeller, Lda.)
  • Warre's 2014 Quinta da Cavadinha Vintage Port (Symington Family Estates, Vinhos, Lda.)



O Porto Vintage 2014

     O subtítulo desta publicação poderia ser "as notícias do Porto vintage 2014 ou o lado positivo de 2014"...
    Na realidade, se os relatórios de vindima revelam um anos menos bom, atípico e cheio de dificuldades (vêr: o relatório da vindima de 2014),como se explica que alguns produtores tenham declarado e produzido um vinho do Porto vintage neste ano?
   Precisamente porque o Douro escapa sempre a qualquer tentativa de generalização, porque uma das principais características desta região e sub-regiões é a grande variedade de especificidades que é necessário tomar em conta e que são determinantes e condicionantes da qualidade dos vinhos, como sejam, exemplificativamente, a localização das vinhas, as diferentes altitudes e exposições solares dos terrenos, a variada orografia das margens do rio, os solos, os microclimas próprios, a composição e as características e comportamento das vinhas, das diversas parcelas de vinhas e das castas plantadas e depois a experiência do viticultor e do enólogo e a decisão do momento da vindima.

     Com esta diversidade, podemos começar a perceber um pouco melhor que, mesmo em anos menos bons, existam excepções, existam produtores que não sentiram nem sofreram tanto os efeitos da instabilidade climatérica e conseguiram produzir um vinho com a alta qualidade para um Porto Vintage.

     Foi um ano de vintages não clássicos, de "Vintages de Quinta" ou "Single Quinta Vintage Port" (SQVP), caracterizado pela falta de unanimidade entre os produtores e por poucos vinhos do Porto vintage declarados. Houve casas importantes que não produziram vintage neste ano; a Taylor's, a Fonseca e a Croft, o grupo Sogevinus (Kopke, Burmester, Barros e Calém), também não se produziu o "Dows' Quinta Senhora da Ribeira", nem o vintage "Quinta do Vesúvio", a Niepoort e a Andresen também não produziram e até esta data não houve notícia de um vintage deste ano de outro grande grupo do sector, a Sogrape (Ferreira, Sandeman e Offley).

(Rev. 052022)

©Hugo Sousa Machado

        more information on Vintage Port declarations (links below):
mais informações sobre declarações Porto Vintage (nos seguintes links):

segunda-feira, 3 de abril de 2017

2015, a classic vintage Port?

    To declare or not to declare...

Churchill´s lodge, Entreposto de Vila Nova de Gaia 
    Four years after the last classic vintage Port declaration (2011), until now the only one this decade, and two years after the 2015 harvest, in the middle of the 2017 spring, a time of tasting samples and evaluating wines, when the Port producing houses make great decisions about the Port wines of the 2015 harvest, that is, the decision to declare or not to declare 2015 vintage Port.

    It seems that this subject has already been more consensual and that by recent news, there may not be a widespread and extended consensus regarding the year 2015. We know that Niepoort already took the decision to declare 2015, as well as Cockburn's, that annouced today its 2015 bicentenary vintage (1815-2015), which is the second vintage since the company was acquired by the Symington family in 2010, however we are still awaiting for the determinant decisions of other important names of the sector, to be taken this days.

    There are vintage Ports produced almost every year, what then is necessary for a given vintage declaration to be considered a classic declaration or a classic vintage Port year?

    It is only considered a classic vintage, the harvest of a given year, when the vast majority of the producers declare the production and bottling of a vintage Port wine and with the main brands of each house. These are years where there is a widespread and extended consensus between the majority of the producers.

    After the producer's decision and the approval of the IVDP (The Douro and Port Wine Institute), which recognizes the exceptional quality required for Port wines of this special category, the vintage proclamation is made by the Port Wine Brotherhood(*) and this happens when more than 50 per cent of the companies that integrate it, declare a vintage Port.

(*)The Port Wine Brotherhod, or "Confraria do Vinho do Porto", brings together "persons and entities who, through their activity in the Port wine production and export, as well as, by their action, reputation and services in favor of Port wine, contribute to the knowledge and prestige of its image", and has the statutory purpose of communicating, promoting and reinforcing the worldwide reputation of Port wine.


2015, ano vintage clássico? 
declarar ou não declarar...

    Quatro anos após o último vintage clássico (2011) e dois anos após a vindima de 2015, em plena primavera de 2017, um momento de provas e avaliação de vinhos, em que as casas produtoras tomam grandes decisões quanto aos vinhos do Porto da colheita de 2015, isto é, a decisão de declarar ou não 2015 ano de Porto vintage.

    Parece que este assunto já foi mais consensual e pelas recentes notícias, poderá não haver um consenso alargado e generalizado quanto ao ano de 2015. Sabemos já que a Niepoort tomou a decisão de declarar 2015, assim como a Cockburn's, que anunciou hoje o seu vintage do bicentenário (1815-2015), que é o segundo vintage desde que a empresa foi adquirida pela familia Symington em 2010, no entanto, aguardamos ainda a decisão determinante de outros importantes nomes do sector, que será tomada por estes dias.

    Há vinhos do Porto vintage produzidos praticamente todos os anos, o que é então necessário para que a declaração vintage em relação a determinado ano de colheita seja considerada uma declaração clássica ou um ano de vinho do Porto vintage clássico?

    Só é considerado como um ano vintage clássico, quando relativamente a um determinado ano de vindima ou colheita, a grande maioria dos produtores declara a produção e engarrafamento de Porto vintage, com as marcas principais de cada casa. São vinhos do Porto em que existe um consenso alargado e generalizado no sector.

    Depois da decisão do produtor e da aprovação pelo IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto), que reconhece as características excepcionais de qualidade exigidas para os vinhos do Porto desta categoria especial, a proclamação é realizada pela Confraria do Vinho do Porto(*) e tal acontece quando mais de 50 por cento das empresas que são associadas da Confraria declara Porto vintage relativamente ao mesmo ano de colheita.

(*) A Confraria do Vinho do Porto, reúne "pessoas e entidades que pela sua actividade na produção e exportação de vinho do Porto, bem como, pela sua acção, reputação e serviços em favor do vinho do Porto, contribuem para o seu conhecimento e prestígio da sua imagem" e tem como objecto, a comunicação, a promoção e o reforço da reputação mundial do vinho do Porto.

©HSM